terça-feira, 23 de março de 2010

Laila.



Quando nos contentamos com olhares felizes depois daquela noitada cheia de lágrimas
Ficamos extremamente felizes por vê-los assim, no caso fcamos felizes quando são olhares de pessoas como nós.
Quando ela, com seus pelos macico e longos, tocava a palma de minha mão
Repassava-me tanta felicidade, afeto e carinho,
Seus olhos eram felizes, e tristes ao mesmo tempo.
Suas patas eram grandes, de uma proporção diferente das de outros cães que mimados, eram.
Aquela animação toda quando ela ouvia um passo naquele corredor distante, saía de sua moradia e vinha correndo em minha direção, capotava na minha frente, rolava pra lá e cá, tão feliz, tão tão tão feliz!
Quando juntavamos amigos no jardim, todos batendo um papo e ela só a observar.
Eles desocupavam o local, iam para suas devidas casas e lailinha se sentava ao meu lado esperando que eu faça-lhe carinhos, e cafunés, e cosquinhas, e brincadeirinhas animais!
Eramos uma só, duas meninas inseparáveis, boas de bola.
Acostumávamos a levar a rede para o jardim, prendê-la dentre uma laranjeira e uma mangueira, totalmente desnivelada ahahah, e depois deitávamos juntas. Porém, mais tarde ela se enjoava do local e ia pra debaixo dos caracóis dos meus cabelos, enquanto eu estava de pontacabeça com os cabelos relando ao chão, Laila colocava suas patas uma em cima da outra e tirava uma longa soneca.
Acordava no gás, pronta pra uma boa comilança, kilos de ração.
Uma semana depois, ela se foi, com aquele peso todo, deitada debaixo da rede, na msm posição emque ficava quando meus cabelos tocavam o chão, com uma pata sobre a outra, sem respiração, sem calor, Laila se foi, como smp esteve, mas se foi, do mundo, mas n da minha vida.
Porém Laila, lailinha, lailoleta, lailete sem vergonha, me faz falta, tudo me faz falta, sua pata perfeita, seu latido abafado, seus pêlos curtos, finos e negros como a noite(eram 3 cores distintas, porém o preto se destacava, comseus olhos). Era uma cachorra que pra mim, um baú, tudo de bom eu contava, tudo de ruim eu tbm lhe contava!
Sinto muito Laila por não ter te protegido o suficiente e ter deixado a ir assim!
Jamais esquecerei do seu loongo rabo negro batendo entre minhas canelas!

Cão: o melhor amigo do homem!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cherry?


- Cherry. Disse apaixonado.
Naquela praça, depois do primeiro olhar, daquele sorriso que esbranjava delicadeza, depois daquele movimento simples de desprezo, ele se sentiu muito mais atraído!
O dia estava absurdamente lindo, naquele lugar o verde da grama reluzia sobre seu relógio que tbm brilhava como o sol, um dia nato de verão, todos fadigados por culpa total daquele sol.
seria o sol ou o sol particular dele que supostamente seria quem ele chamava de cherry?!
ali, só existiam casarões, árvores com muitos frutos, pessoas financeiramente ótimas e "finas", dali surgira a cherry!
depois do despreso ela caminhava lentamente sobre o gramado vivo, e ia em direção de um bosque que lá no fim se encontraria um vinhedo carregadinho.
não demorou muito até ele decidir seguí-la. Feito.
Ela olhou no fundo de seus olhos e disse que havia impossibilidades.
- Pegue uma uva, se tu a quiseres, tbm queres a mim! Faça!
Cherry pegou uma uva e tacou-a na cara do belo rapaz, de olho claro, barba bem feita, bem arrumado e bem humorado. porém acho que ele era só mais um rapaz apaixonado.
Ele olhou furioso para ela, ela se virou e andou dentre o vinhedo ou vinha, o que seja. O rapaz olhou vinha adentro e viu a moça com dois cachos de uva na mão, mas ela ainda estava de costas. Ele foi até lá. Quando ela virou-se para ele estava com os lábios saborasamente melados com o suco das uvas.
Ela o desejava.
ele a desejava.